47. A felicidade

A felicidade é um tema já bastante abordado, mas quando há episódios da nossa vida que nos marcam, sinto sempre necessidade de reflectir sobre isso e neste caso veio à tona o direito à felicidade.

Sim, todos nós temos direito a ser felizes, aliás, é do que eu mais defendo para a humanidade inteira. O único e grande problema da felicidade é que ela é ultra subjectiva e o que eu considero ser feliz é absurdo para o meu próximo.

Como podemos então ser felizes? Primeiro de tudo é importante definir o que precisas para ser feliz (e aconselho-vos a ir pela fasquia mais baixa), depois precisas de ver o quanto a tua felicidade vai interferir na vida e na felicidade dos outros e finalmente precisas de lutar por ela.

No meu caso, vou-vos dar o exemplo, para ser feliz preciso de acabar o meu curso, trabalhar, ter uma casa pequena, manter os velhos amigos, fazer novos amigos, de vez em quando beber uns copos com eles e se e só se sobrar dinheiro quero viajar, ver espectáculos e comprar livros.

Ok, está feita a lista, agora vamos ver o que é que isto pode pesar na felicidade dos outros... a única coisa que espero que provoque é uma maior felicidade dos meus amigos!

Finalmente, o que preciso de fazer? Preciso de estudar um bocado, preciso de sujeitar-me um pouco ao que aparecer, preciso de ter cuidado com as finanças para manter uma casa, preciso de manter contacto com os meus amigos, perguntar-lhes como estão, convidá-los para estarmos todos juntos. Caso sobre algum dinheiro, distribui-lo pelas viagens, espectáculos e livros.

Está tudo? Ok, está feita a minha receita para ser feliz, garanto-vos que é mais do que suficiente. Não quero ser a dona do mundo, dominar tudo e todos, destroçar os que se atravessam à frente, quero apenas meia dúzia de coisas pelas quais tenho inclusive de lutar.

A mensagem final é de que façam o mesmo, lutem pela vossa felicidade, mas deixem ser felizes os outros na sua maneira de o ser. Porque apesar de tudo, a maior felicidade é ver que toda a humanidade está feliz.